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terça-feira, 4 de fevereiro de 2020
Mario Machado, Chega e Ventura - Revista Visão
Num vídeo publicado no seu canal de YouTube, com uma imagem António Oliveira Salazar a servir de cenário, Mário Machado critica a posição de André Ventura, que, em entrevista à VISÃO, reiterou que não aceitaria ter dirigentes do Chega com ligações a partidos extremistas e que iria ser criada “uma nova ficha de inscrição” de militantes para pedir informações sobre a ideologia e as ligações anteriores a outros partidos e movimentos. Aqueles que tiverem feito parte de movimentos nacionalistas, disse, não serão aceites no partido, que em outubro passado elegeu um deputado à Assembleia da República.
Mário Machado insurge-se contra essa posição e recorda que “outros partidos, como o PCP e o BE, têm membros das FP-25 de Abril filiados e que concorrem a eleições, e com isso já não há qualquer drama ou celeuma”.
“O Chega é um partido a que não pertenço e ao qual não pretendo pertencer. No entanto, todos os que militaram em movimentos a que eu pertenci, entre eles a Frente Nacional e a Nova Ordem Social, têm todo o direito de participar ativamente neste partido”, diz, no início da sua intervenção de oito minutos.
“Segundo a Constituição, ninguém pode ser prejudicado pelas suas convicções políticas. Uma pessoa, por ter tido algum tipo de envolvimento ou de filiação na extrema-direita, nacionalista, nacional-socialista ou fascista não pode ter os seus direitos civis diminuidos. É inconstitucional limitarem de alguma forma ou feitio a participação no partido Chega, ou noutro partido qualquer.”
“O conselho que eu dou aos meus queridos amigos que me acompanharam ao longo destes 25 anos de luta nacionalista é que, nunca, em caso algum, digam que pertenceram a algum movimento de extrema-direita. Não têm de o fazer, e naqueles que eu liderei não existe prova alguma de que tenham feito parte das minhas organizações. Só eu e apenas eu posso provar que o indivíduo A ou B pertenceu à minha organização e eu nunca o vou fazer. Como nunca o vou fazer, só vocês próprios é que podem pôr a corda ao pescoço, se assim quiserem.”
“Seja no partido Chega, seja à procura de um trabalho, de um emprego, se vos perguntarem por anteriores filiações político-partidárias, ou movimentos ditos extremistas. o que vocês têm de dizer é que nunca pertenceram. E mesmo que alguns apareçam em algumas fotografias ou vídeos comigo, isso não prova nada, podem ter ido a um evento ou outro, por curiosidade.”
Eu não fico de forma nenhuma chateado nem melindrado, compreendo perfeitamente, e têm toda a minha solidariedade. Eu não posso é deixar que qualquer partido ou qualquer organização limite os direitos cívicos dos meus anteriores camaradas, dizendo que, como tiveram nalguma fase da sua vida uma ligação comigo, que eu sou uma espécie de coronavírus e que agora já não podem estar em mais lado nenhum. Não aceito isso!
“O Chega não é um partido nacionalista mas é um partido de direita, talvez o único partido de direita dos últimos 40 anos, e que tem feito mossa, tem. É o partido pelo qual nutro mais simpatia, quanto mais não fosse porque toda a minha família e todos os meus amigos vão votar no Chega.”
“O conselho que dou aos que se alistaram nesse partido, e que são muitos, é que respeitem as ordens e as diretivas do seu presidente (neste caso, André Ventura). Não queiram transformar a organização em algo que ela não é e sigam em frente, façam um ótimo trabalho, sei que são pessoas extremamente competentes e extremamente capazes.”
https://visao.sapo.pt/atualidade/politica/2020-02-04-mario-machado-aconselha-ex-militantes-a-nao-revelarem-que-pertenceram-a-movimentos-nacionalistas/
segunda-feira, 3 de fevereiro de 2020
domingo, 2 de fevereiro de 2020
Africanos exigem que Portugal peça perdão aos Negros
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