Juntamente com dois dos meus melhores amigos, e depois de alguma ponderação, aceitámos a realização da operação: " Resgate dos Documentos ".
À época, a nossa brilhante Policia Judia-ciária, não conseguia, apesar dos seus inúmeros esforços e diligências, encontrar a documentação das contas Offshores que José Sócrates, o à data Primeiro-Ministro teria no exterior do país, juntamente com membros da sua família, relacionando ambos com o Processo Freeport
Não conseguia..ou não teria muita vontade.
Nós conseguimos.
Quando o Inimigo percebeu que os documentos estavam na nossa posse, reuniu todas as suas tropas, para que nós fossemos capturados e os documentos apreendidos.
Eu e os meus amigos, de vez em quando, libertávamos fundos das mãos de criminosos, para os redistribuir por nós e pelas nossas famílias, ao estilo Robin Dos Bosques. E a espectacular Policia, defensora e protectora de traficantes de droga, UNCT-PJ liderada pelo Sr.Luis Neves, resolveu oferecer protecção a essas "vitimas" e até os que não queriam apresentar queixa, foram de tal forma pressionados ("...ou entram eles ou entras tu.") que acabaram por nos entregar.
Durante as diligências processuais, existiu e está documentado, as várias alusões à "pasta dos documentos", que a UNCT-PJ procurava quer nas buscas domiciliárias, quer nas vigilâncias, onde numa foto, em vigilâncias, vamos nós a caminhar para a porta da TVI, com a pasta, e lê-se a legenda.."os 4 com a pasta na mão."
Ao saber que o nosso encarceramento estava portanto, para breve, resolvi colocar dezenas de documentos, dessa tal pasta, no Forum Nacional, um site nacionalista. A noticia correu Mundo, e passados 6 dias..estávamos todos presos.
Na prisão, resolvi entregar cópia dos mesmos ao meu ilustre Advogado Dr José Manuel Castro, mas primeiro avisámos a comunicação social da data e hora a que estes documentos iriam ser entregues, para que o meu advogado, não fosse alvo de um roubo de coincidência.
O processo esteve parado, meses e meses a fio, sem que qualquer Procurador, tivesse coragem, ou autorização para pegar nele. Os documentos "descansavam na PGR".
Convém relembrar que à época o Capo da PGR era o Sr. Pinto Monteiro, o amigo de Sócrates.
E aqui dá-se mais uma coincidência. Um dia...Repito..1 DIA, após José Socrates ter perdido as eleições sou finalmente chamado ao DCIAP, para interrogatório.
No interrogatório, parecia a sra Procuradora, mais interessada em saber como e quem me indicou onde estavam os documentos do que ir aferir da veracidade dos mesmos (algo que foi confirmado mais tarde por todas as instituições financeiras e bancárias). Como não revelo as fontes, mas relembrando-me bem a sra.Procuradora, ao não colaborar nesse caso, como testemunha estaria a praticar um crime, resolvi então explicar como os documentos chegaram à minha posse.
"Tocaram à campainha, desci à porta para ver quem era, não vi ninguém, só vi um cesto de vime, no chão com um cobertor e algo enrolado nele, depois ouvi um barulho, olhei para cima vi uma cegonha a voar..quando abri o cesto vi os documentos..." A Procuradora..não insistiu mais.
Apesar de provados as centenas de milhões de euros que circulavam pelas contas em nome de quatro de seus familiares, o MP não chegou a qualquer conclusão...
Ainda estou para saber, com todas as limitações que tenho no âmbito do Direito, como é que é possível alguém movimentar em meia dúzia de anos o mesmo que a Jerónimo Martins, e estar tudo bem. Não existe evasão fiscal? Branqueamento de capitais? Talvez seja só ignorância minha.
Anos mais tarde volto a fazer nova queixa-crime contra o Sr.José Pinto de Sousa.
Se todo este esforço contribuiu, ou não, para que os portugueses abrissem os olhos em relação a esse delinquente, não sei, mas eu sinto que fiz a minha parte. Apesar de ter tido sempre a consciência que ninguém enfrenta um Primeiro-Ministro sem receber daí as devidas consequências.
Hoje faria tudo de novo!
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