terça-feira, 19 de setembro de 2017

É tudo a feijões - Parte XIII , XIV

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Parte XIII - Unidos somos fortes?

Sem duvida de que sim. Mas de que união estamos a falar? É que continuam a existir muitas pessoas que fazem uma grande confusão com essa ideia de «união» e repetem-na até à exaustão como se se tratasse de algum remédio santo para os problemas que temos de enfrentar. Pelo contrário! Na esmagadora maioria das situações, uma união apenas vai fragilizar mais a pessoas e os projectos envolventes. Inicialmente cria-se uma falsa ideia de engrandecimento e de força, que rapidamente se desvanece, vindo ao de cima todas a s diferenças. Por outro lado, quando, hoje em dia, algum Camarada conta-me que sozinho ou com dois Camaradas, voltou a distribuir algumas centenas de folhetos em caixas de correios ou em carros, penso novamente para que é que vale tal «união» de que tanto se fala? Para haverem mais pessoas a (tentar) desmotivar aqueles que querem e vão fazendo algo? Enfim, é a «velha» história do homem saudável que se junta a meia dúzia de inválidos para percorrer mais rapidamente um determinado percurso e rapidamente descobre que, ao ter de carrega-los nos ombros, demorará um tempo infinitivamente superior, se é que chegará a atingir o fim a que se propos.

Não vale a pena dramatizar nem entrar em histerismos. Com calma as pessoas vão-se conhecendo, vão trocando ideias diversas, e naturalmente cada um decide o que quer (ou não) fazer. Se por vezes não existem condições suficientes para fazer a tal «união», seja entre quem for, então simplesmente cada um segue o seu percurso, sem se preocupar com o(s) outro(s). Quem sabe se um dia os seus caminhos não se voltam a cruzar?

Em Portugal, e não só, tem existido uma mentalidade completamente auto-destruidora ao longo dos anos, ou seja, quase todas as pessoas continuam a querer «unir-se» intimamente, mesmo que nao d se torna óbvia a incompatibilidade, ou então passam a odiar-se profundamente, normalmente como consequência de uma «união» forçada e falhada. A verdade é que, mesmo quando existem condições suficientes para grupos/projectos diferentes unirem esforços, praticamente todas as pessoas esquecem-se de que qualquer «união» tem de ter os seus limites bem definidos (na teoria e depois na prática), caso contrário, mais cedo ou mais tarde, o seu fim é o mesmo: auto-destruição. Este é apenas mais um sinal de imaturidade do movimento, algo que tem de ser alterado se queremos criar mais e melhor estrutura e um ambiente mais saudável e transparente.

Parte XIV - Os exemplos que temos.

Tirando algumas honrosas excepções, a esmagadora maioria dos Nacionalistas Portugueses que já ultrapassaram a idade dos 25 ou 30 anos são uma referência muito pouco saudável para os mais jovens. Em muitos casos, são  mesmo um exemplo lastimável do que nõa se deve ser e ddo que não se deve fazer. E aqui temos outro problema, pois todas as pessoas gostam de imaginar que existem «velhos que estão do nosso lado e que estão, algures. à espera para nos apoiar». Caros amigos, não vale a pena ficarem à espera de algo que não existe. Nós é que temos que lutar! Em nós é que reside a esperança!

Consciencializares-te deste facto é imprescindível! « Mas onde é que estão as outras gerações anteriores à minha? Onde estão esses Nacionalistas?» perguntarão muitos de vocês. Pois bem, a resposta é simples: estão onde se encontram a maior parte das outras pessoas que nos rodeiam; estão num mundo de apatia, comodismo e materialismo. Com mais ou menos vontade, adaptaram-se a esta sociedade decadente que nos rodeia, desiludidos com os enormes obstáculos que o Nacionalismo tem de enfrentar e desmotivados por ver outros ao seu lado a abandonar a «nossa luta».

É óbvio que existem várias pessoas menos jovens que não são uma má referência alguma, pois nunca estiveram envolvidos activamente no «nosso movimento».

A escolha agora é tua: queres ser mais um, entre tantos outros, que ao fim de 1,2 ou 3 anos ou quando chega aos 20 ou 25, desiste e desinteressa-se pela luta das «nossas ideias» ao consciencializar-se das dificuldades e ao ouvir os lamentos de outros Nacionalistas ou queres, ao invés, demonstrar que tu próprio vais sendo referência para tantos outros jovens Nacionalistas? Uma referência não porque o dizes, mas porque o demonstras pela tua conduta diária e pelo teu activismo constante de meses e anos? A escolha é tua!

Amanha - continuação - Parte XV - Esoterismo

2 comentários:

  1. Mário, acho este trecho um pouco desmotivante para quem é mais velho. Como se só os jovens até 20 anos interessassem. Tenho 42. Não entendo este trecho sobre a idade. Obrigada

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    1. Penso que o camarada José Luis Ramos se queria referir a que de facto, na geração anterior à nossa os exemplos eram na sua esmagadora maioria péssimos, e direciona então o seu discurso aos mais jovens. Tambem tenho 41 anos mas compreendo o seu ponto de vista. Saudações

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