sexta-feira, 22 de setembro de 2017

É tudo a feijões! - Parte XV , XVI , XVII

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Parte XV - Esoterismo

É muito interessante e importante que tenhamos uma forte componente espiritual, que saibamos que a nossa luta é muito mais do que simples politica. Assim, são bem vindos todos aqueles que se dedicam a temas espirituais, à descoberta e reflexão do que nos rodeia. Contudo, o nosso dia-a-dia, e o de todos os Portugueses, não pode ser esquecido. Ao longo dos tempos, e não só (nem principalmente) em Portugal, têm havido alguns camaradas que se dedicam a questões esotéricas, espirituais, não dando a devida atenção ou até menosprezando por completo os problemas bem concretos que a todos afecta. Obviamente que o resultado é o de criar um grupo sectário, quase considerado como «mais uma seita» ou de «grupo de lunáticos» aos olhos do «nosso povo». Enfim, é mais uma forma de auto-marginalização a que atrás foi feita referência e que contraria os propósitos da «nossa luta» e que certamente agradará aos nossos inimigos.

Parte XVI - Grupo de amigos

Quem é que não gosta e não quer ter um bom grupo de amigos? Penso que ninguém! A «nossa luta» só tem a beneficiar, e muito, se para alem de camaradagem, existir igualmente uma forte amizade entre «nós«. Contudo, de que vale a amizade sem a camaradagem? Não é obviamente um grupo de amigos que queremos construir. Esse, não é, com toda a certeza, o propósito da «nossa luta». Se assim fosse, o movimento em Portugal seria enorme, pois certamente que todos nós temos ou tivemos dezenas de amigos do bairro, da escola ou do trabalho.

Por outro lado, e falando a nível pessoal, nao consigo conceber ter grandes amigos que não sejam grandes Camaradas, pois uma coisa está intimamente ligada à outra. E se algum Camarada me desilude profundamente, obviamente que não é ó no aspecto da «nossa luta» que tal irá ter consequências - sejam temporárias ou definitivas- pois, como foi dito anteriormente, a nossa «vida privada» está intimamente ligada à «vida do nosso movimento».

Compreendo que para alguns seja um pouco difícil encarar as coisas desta forma. Apenas posso dizer o seguinte: esta é uma brilhante forma de medir o grau de dedicação e fidelidade aos «nossos ideais». Vejam que reacção vocês e cada uma das outras pessoas que vos rodeiam tem ou teve na situação atrás referida (ou em outra semelhante) e saberão o grau de envolvimento e seriedade dessa pessoa no «nosso movimento».

Parte XVII - Vou-me infiltrar

Já ouvi vários Camaradas afirmarem que se vão infiltrar num Partido(normalmente o PP), pois, dizem eles, «só assim é que podemos lá chegar». Infelizmente, seria muito mias correcto  honesto se eles dissessem o verdadeiro motivo por  que vão para um qualquer Partido e esse é o de simplesmente quererem «fazer-se à vida». Já ouvi algumas pessoas jurarem a pés juntos que tomam tal decisão apenas «pela nossa causa» e,poucas semanas depois o seu comportamento evidencia o óbvio: A tentativa desesperada de, tal como tantos outros, «tira algo da politica». Poucos meses depois, surgem outros sintomas e esses revelam já uma aversão a tudo o que sejam as « nossas ideias», pois »não posso comprometer o meu futuro no Partido» afiram.

Caros amigos, simplesmente não percam o vosso tempo nem paciência. Mais cedo ou mais tarde, todos esses »infiltrados» hão-de perceber que os meses ou anos de trabalho ou de simples envolvimento politico (que é o que normalmente acontece) tiveram uma única utilidade: servir os interesses de quem está à frente do Partido, seja o PP ou algum Partido minúsculo.

Também acontece que muitos Nacionalistas, ao «infiltrarem-se», apenas procuram uma saída airosa da luta pela « nossas ideias», uma forma de poderem dizer que continuam a fazer muito pela causa, mas sem arriscarem nada, sem se chatearem e sem trabalharem muito (ou pouco!9.

Quanto a este tema, e para concluir, basta pensar que os responsáveis de um Partido politico(por mais minúsculo que seja) têm obviamente, a faca e o queijo na mão para colocar processos, desprezar algum militante ou simplesmente expulsá-lo se se tornar inconveniente, tal como sucedeu, e depois o seu «árduo trabalho de infiltrado» revela-se o que sempre foi: completamente infrutífero e despropositado!

Cont....Amanhã - Parte XVIII «Trabalho? Que chatice!»

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